segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Conto: A Pedra - segunda parte

Boa noite a todos! aqui estou para publicar para voces o segundo capitulo da história do principe Gustavo! espero que gostem e fiquei curiosos com o que vem a seguir! beijos do Ghost!


   "Minha mãe estava, como sempre, muito elegante pela manha. Ficava pensando às vezes quando é que eu a veria com o cabelo ou as roupas desalinhadas. Percebi há muito tempo que a resposta para essa questão, era que nunca a veria desse jeito. Ela estava vestida com um vestido de cor branca que, segundo ela, era pra dar sorte ao rei e sua caçada em minha homenagem para o banquete de amanha.
                - bom dia meu filho. Vejo que continua a comer na cozinha junto com Gertrudes. Espero que quando se tornar rei perca esse Hábito tão deplorável. Venha comigo e tome seu café na Varanda junto com sua mãe.
Eu a segui até um caramanchão que fica nos jardins do castelo, e onde hoje estava montado uma mesa com frutas e pães e toda a sorte de alimentos fora duas criadas postadas ao lado prontas a seguir qualquer ordem vindas de mim ou de minha mãe.
Sentamo-nos e antes de comer minha mãe começou a me falar qual era o tão importante assunto:
- como sabe príncipe Gustavo, amanha você fará aniversário. Mal posso acreditar que já se passaram 16 anos! Como passou rápido! Ver meu filhinho crescer se tornar um rapaz e em breve um homem. E que rapaz belo você é! Se parece muito com seu pai na sua idade. Metade das garotas da corte o desejavam, indo quase à loucura, porém ele havia caído de amores por mim, mas isso não vem ao caso. Seu pai está planejando levar você à caçada amanha. E você irá. E se preciso for, abata você mesmo a caça que encontrarem.

É claro que como um príncipe, fui treinado desde pequeno a manejar uma espada, arco e flecha e lança. Porém como arqueiro, devo admitir que seja imbatível. Tenho uma mira que dá inveja em muitos soldados do castelo. Mas não pensava que minha pericia fosse necessária nessa caçada, afinal meu pai não era de se jogar fora com um arco e flecha. Mas aceitei de bom grado a caçada, pois eram tão poucas as chances de eu sair do castelo que mesmo não gostando das caçadas, fiquei extremamente feliz.
- obrigado mamãe, prometo que não irei decepcioná-la. Iremos trazer aquele pavão branco que todos andam falando tanto.
Eu me despedi dela e voltei para dentro. Mesmo sendo a véspera de meu aniversário, voltei à biblioteca para ter minhas aulas com o professor Rico. Ele era extremamente sábio e parecia saber todos os títulos de nossa biblioteca de cor. Acho que nunca o vi consultando um dos muitos catálogos que temos por lá. Diziam que quando jovem Rico viajara pelos Quatro cantos do mundo, desde os desertos dourados ao norte do continente, até as ilhas lamacentas e cheias de monstros que ficavam no extremo sul.
Ali naquela imensa biblioteca, com um acervo impressionante, aprendi os números, as letras, sobre as estrelas, os mares, e sobre historia. O senhor Rico tinha uma fala tão surpreendente que me cativava tanto, que eu prestava atenção em cada palavra dele, e quando ia para meu treinamento com armas em seguida, ia feliz e preparado para enfrentar o que quer que fosse. Hoje, depois da aula sobre dragões marinhos que habitam os mares do norte e destroem barcos mercantes, fui para o treinamento de arco e flecha. Não que eu precisasse de treinamento, mas se parar você pode enferrujar o que não é interessante. O dia se passou sem nada de novo para mim, e passou relativamente rápido. Quando dei por mim já estava em minha cama me preparando para dormir para aquele que seria o meu grande dia.
                Só que o que eu jamais ia esperar é que aquele dia seria um dia grande e que toda minha historia iria ser reescrita a partir do dia seguinte. E que uma Pedra poderia ser muito mais importante do que eu pensava."

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